Se você esteve no Brooklyn, Nova Iorque neste final de semana e não tirou algumas horas do seu dia ou o dia por completo para participar do festival Afropunk 2015, posso garantir que perdeu um grande momento para participar desse festival que juntou diversas etnias, gêneros, idades, cores, estilos e tudo em plena comunhão. Essa comunhão que foi a regra geral do evento, sendo pregada pelos seus criadores.
Tão multifacetado como o público que frequentou o festival, foram os artistas que se apresentaram nos palcos ou ainda desfilaram entre a multidão. Os shows não firam restritos apenas ao punk do Suicidal Tendencies, mas também houveram apresentações de rock com Curtis Harding, Gary Clark Jr., de R&B com a Ms Lauryn Hill e Kelis.
Um dos grandes empasses do festival ocorreu durante o show da Ms. Hill. Sua apresentação foi realizada com o volume abaixo do que foi costumeiro em outras apresentações. Mas a multidão não deixou esmorecer e participou até o fim. Esse esse que foi abruptamente interrompido, no que podemos considerar um “boicote”, pois desligaram seus microfones e luzes. Não se sabe se foi falha técnica ou se Hill já havia ultrapassado o seu tempo limite. Uma pena que tenha ocorrido desta forma o desfecho do show que já não começou bem para ela.
Outra que destacou-se com sua apresentação foi Grace Jones. Ela que também se apresentou no mesmo dia que Lauryn Hill, teve um show com muitas trocas de figurinos, o que foi facilitado por entrar praticamente nua em palco, coberta apenas por pintura corporais. O mais belo ficou para a máscara dourada. Ela não decepcionou e não para acreditar que tenha 67 anos, tamanha é a sua presença de palco e desenvoltura.
Um dos pontos criticados do festival foi a falta de bandas de punk. Critica essa que vem sendo feita ano após ano. Musicalmente o não teve um line up repleto de musicalidade punk, mas fora dos palcos houve ações que reforçam o ativismo punk do festival. Este ano o foco foi o combate a violência sofrida por trans negros este ano. Em seu perfil no Instagram, foram publicadas imagens completamente brancas em lembranças as 17 pessoas trans negras mortas. Já nos palco, foram gritadas os nomes dessas pessoas.
No Sexism, No Racism, No Ableism, No Ageism, No Homophobia, No Fatphobia, No Transphobia, and finally, No Hatefulness
Veja algumas fotos do festival publicadas no Instagram por fotografos, participantes e mídia em geral
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